Durante a
minha infância/adolescência a leitura não foi um grande atrativo, realizava-a
como uma obrigação. Nascida em uma minúscula cidade (Cássia de Coqueiros-SP),
onde revistas era raridade e jornal era privilégio do “farmacêutico” da cidade
(que o recebia uma vez por semana) restava-me contar com os livros da
biblioteca da escola. Confesso que a único nome associado à leitura em minha
infância é Monteiro Lobato, não porque eu gostava, mas porque era imposto para
eu ler. Já na adolescência uma das únicas leituras atrativas eram as revistas
de fotonovelas, nesta fase, “Graciliano Ramos” e “Machado de Assis” reduziram
ainda mais meu entusiasmo pela leitura. Vocês devem estar pensando “que
horror”, más foi exatamente assim. Meu gosto pela leitura somente surgiu na
fase adulta, oriunda do meu amadurecimento e da percepção de que a leitura além
de abrir meus horizontes, me capacitar para a vida, pode ser extremamente
prazerosa. Hoje a leitura se tornou uma grande amiga e aliada e sinto não ter
sido conquistada por ela há mais tempo.
Fátima Braga
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